Resgatando o poder da mesa -By Rachel Martins
A mesa em si é apenas um móvel inanimado.
Porém
o objetivo pelo qual foi projetada é o diferencial.
A
mesa – palavra que deriva do latim Tabula,
ou tábua -, além de ser a estação de
trabalho padrão na cozinha, é o centro de reunião, onde se realizam grande
parte das refeições.
O
primeiro registro da mesa na história foi no Egito.
Descobriu-se que mesas foram usadas pelos antigos
egípcios por volta de 2500 a.C, eram feitas madeira e alabastro.
Na Bíblia o registro do material utilizado na confecção da mesa era a
madeira de acácia.
E é neste cenário egípcio que iremos nos debruçar hoje.
Mas uma curiosidade. Algo que me chamou atenção na bíblia.
Um dos artefatos
mais importante de toda humanidade, sem dúvida é a arca da aliança,
esse objeto já virou até tema
de diversos filmes. Um dos maiores mistérios criado por Deus e
deixado para humanidade é arca
da aliança.
O QUE SIMBOLIZAVA A
ARCA DA ALIANÇA
A arca representava a
presença de Deus, a famosa Shekinah, além do pacto entre Deus e o povo – Deus sempre estaria com seu povo.
A arca por si próprio não tinha poder algum, mas quando o povo
lembrava-se do dono da arca e voltava-se ao arrependimento, então Deus se
manifestava entre eles, por intermédio de uma fumaça, chamada Shekinah.
A arca também representava a pureza
de Deus, quando alguém impuro tocava na arca, logo era destruído. Ninguém
podia sequer olhar para dentro da arca, exceto os sacerdotes. Em 1 Samuel
6 narra a historia a arca foi levado para o campo dos filisteus –
e todos que olharam para dentro da arca foram mortos.
– caixa de madeira de acácia;
– 2 côvados e meio de comprimento (um metro e dez
centímetros ou 110 cm);
– 1 côvado e meio de largura e altura (70 cm).
São medidas de uma mesa.
Como a arca um dos objetos
mais importantes para representar a presença de Deus se perdeu no tempo, a mesa
no nosso lar está sendo perdida.
Em nosso lar, a mesa é
símbolo de comunhão entre a família e Deus.
Em muitos acontecimentos que
ocorreram na bíblia, a mesa estava lá. Era em torno da mesa que muitos fatos
vieram à existência.
Por ex:
*Traição
*perdão
*Reconciliação
*Revelação
*Ensinamento
*reconhecimento
*Honra
Então Amadas, vamos aos
fatos históricos agora.
Gêneses 37: 1, 3, 5 a 11.
Gêneses 43:
Gêneses 45
Aqui nesta história vimos
todas as temáticas a cima citadas.
Nós veremos hoje na bíblia
estes casos.
Do inicio ao fim da Bíblia
nós podemos observar Deus querendo se relacionar com o homem.
Nós fomos feitos para nos
relacionar.
Mas, se não nos comunicamos,
não existirá relacionamento e por consequência, não existirá comunhão.
Pensando na realidade
bíblica, vale a pena observar a experiência de Jesus com os discípulos. Um dos
elementos pedagógicos usados por Cristo para ensinar e transformar a vida de 12
homens com histórias e vivências diferentes foi à reunião em torno da mesa.
Nesse lugar especial, Jesus teve seus pés ungidos por uma mulher e ensinou que
quem sabe o quanto foi perdoado consegue expressar um coração mais grato e
adorador (Lucas 7:37).
Em outra ocasião ao redor da
mesa, Jesus celebrou a ceia com os discípulos, e mesmo sabendo que Judas O
trairia, não o privou daquele momento, aproveitando o ensejo para ensinar que
ali é um lugar de acolhimento. O Filho de Deus estava sempre cercado por um
grupo, fosse grande ou pequeno, e utilizava elementos comuns à mesa daquele
tempo para ilustrar ensinamentos simples e profundos.
O livro de Atos, capítulo
24, relata que, ao ressuscitar, Jesus aparece no caminho de Emaús para os
discípulos, que só percebem que quem estava com eles era Cristo quando param
para jantar. E lá estava novamente a mesa. Também ressurreto Jesus aparece aos discípulos
em um jantar na praia e, nesse encontro, Ele restaura Pedro. A mesa foi um
lugar especial na vida diária do Salvador. Dessa forma, ela também pode e
precisa ser um lugar especial para a edificação familiar hoje.
Benefícios
momentos de comunhão e as refeições à mesa em família trazem ao lar.
1. Reforça os vínculos afetivos. Conexão.
2. Fortalece a identidade familiar – Sentimento de
pertença.
3. Favorece a reconciliação.
4. Promove a atualização sobre as notícias da família.
5. Facilita o aconselhamento, a instrução de valores
e princípios.
6. Exercita a oração.
7. Educa para a boa alimentação.
8. Memórias são formadas.
9. Disciplina.
10. Traz bem estar físico, emocional e espiritual.
11. Gratidão.
A hora da refeição é
considerada por psicólogos, psicopedagogos e pediatras muito importante para a
educação, não só alimentar, mas psicológico-existencial das crianças. A
socióloga alemã Ângela Keppler conduziu uma pesquisa com 300 famílias alemãs,
onde se demonstrou que famílias que optam pelo velho hábito de conversar
durante as refeições, em vez de assistir à televisão, obtêm maior harmonia e
fluidez em suas relações. A socióloga chegou à conclusão de que uma das
melhores terapias familiares é a comunicação à mesa.
As comprovações científicas
não param por aí. Estudos da Escola de Pedagogia de Harvard, nos Estados
Unidos, revelam que quem compartilha regularmente as refeições com a família,
além de comer melhor, tem maior bem-estar físico e emocional. No Centro
Nacional de Dependência e Abuso de Drogas da Universidade de Columbia (EUA),
foi descoberto que quanto mais refeições são feitas junto com os pais, mais os
filhos se dão bem na escola e atrasam a iniciação sexual; além de ter menos
probabilidade de beber, fumar, usar drogas, ficarem deprimidos, brigarem ou
desenvolverem distúrbios alimentares.
Um levantamento realizado em
2007 com 20 mil alunos ingleses de 16 anos demonstrou uma forte relação entre
refeições regulares à noite com a família e o bom desempenho no exame escolar
feito por todos os secundaristas da Grã-Bretanha. Ainda na Grã-Bretanha,
segundo os dados da pesquisa, que foram recentemente publicados pelo
departamento de “Crianças, Escolas e Famílias” do governo britânico,
constatou-se que os melhores resultados estavam entre os filhos de famílias que
se reuniam para jantar.
Outra pesquisa realizada
pela Universidade de Harvard, dos Estados Unidos, mostrou que a criança que se
senta à mesa com os pais alimenta-se melhor em comparação aos coleguinhas que
comem sozinhos. Ainda em outra análise, com 16 mil crianças de nove a 14 anos,
as frutas e vegetais aparecem quase duas vezes mais no prato daquelas que fazem
as refeições com a família ao redor da mesa.
Aqui no Brasil através da
revista comunhão.
Esse fato foi comprovado
pela família Pelição. Membros da Missão Praia da Costa, os pais, João Batista e
Vanuza, passaram a se incomodar ao ver suas crianças almoçarem vendo televisão.
“Há cinco anos sentamos todos à mesa. Isso
ocorre no café da manhã, almoço e jantar. As crianças passaram a comer alimentos
que antes não comiam. Incentivamos também a autonomia, a partir do momento em
que permitimos que se sirvam sozinhas, além de fazermos a oração e lembrarmos
que o alimento é dado por Deus”, explica Vanuza.
De acordo com a mãe, as
crianças não comiam determinadas preparações e, quando começaram a ver o
exemplo dos pais, animaram-se a experimentar e aceitar determinados alimentos.
“Comer juntos à mesa é um ato de decisão, é necessário pulso firme e
persistência”, resume. Para atrair ainda mais a família e vencer a batalha
contra a televisão.
Não será fácil mudar um
habito, mas não é impossível.
Mas, acrescento, quando
convidamos o senhor para assentar a mesa algo extraordinário acontece.
Te convido a experienciar
esta transformação no seu lar.
Esta com problemas de
relacionamento voltem para a mesa.
Que a mesa seja primordial
nos momentos de refeição e comunhão no seu lar.
Assim como a arca da aliança
representava a presença de Deus no meu do povo de Israel, a mesa seja símbolo
da presença de Deus no seu lar.
Resgate o poder da mesa!
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